sexta-feira, 3 de abril de 2009

Uma leitura sobre o artigo: O ABC do RPG - Professores que embarcaram nos chamados jogos de interpretação explicam como usar o recurso para ensinar co

sexta-feira, 3 de abril de 2009
O artigo da Nova Escola, de Manuela Biz, publicado em agosto de 2008, trata sobre a recorrente utilização do RPG no ensino na saula de aula. Através de exemplos práticos aplicados aos conteúdos de História e de Física, a autora mostra as vantagens dessa prática como sendo um amplificador do aprendizado. Ressalta-se a grande possibilidade que o RPG no ensino tráz no incentivo à pesquisa. Tanto o professor, quanto os alunos, para melhor desenvolverem a interpretação de personagens, precisam se inteirar ao máximo da contextualização, dos conceitos e das particularidades que o enredo está inserido em cada área do conhecimento. Tendo em vista que no RPG cada um "encarna" um personagem, suas atitudes devem ser coerentes com as respectivas atribuições dadas a esse. A construção de cada personagem, assim como as características, competências e habilidades respectivas à ele, já fazem parte do aprendizado, dando diversas possibilidades de cada autor (jogador) aplicar os conhecimentos que já possue sobre a temática proposta pelo professor.
Cabe ainda ressaltar um ponto enfatizado no artigo com o intuito de problematizar algumas questões; A autora afirma que a aventura deve estar ancorada em um conteúdo específico e com isso, desenvolve o argumento favorável da utilização do RPG como reforço de um conteúdo aprendido. Cita que essa opinião é compartilhada pela maioria dos especialistas. Em contraponto cita apenas a professora Kazuco Kojima Higuchi, mestre em Teoria Literária e Literatura Comparada pela Universidade de São Paulo que defende a idéia de que o RPG pode introduzir um conteúdo, mas sempre estando atento à disponibilidade de efetivas pesquisas.
Tendo em vista as discussões que esse grupo tem feito sobre a utilização dessa prática, é pertinente expor uma característica fundamental das atividades do RPG no ensino: o desenvovimento de criatividade à partir da experiência. Através da interpretação, o jogador (aluno) poderá desenvolver o pensamento e a análise de sensações vividas na personificação em cada momento, cada conflito, cada decisão que terá que enfrentar ao longo da aventura. Isso em si, já compõe um tipo de aprendizado cognitivo, que aliado ao aprendizado do conteúdo, de uma determinada disciplina, trará excelentes resultados. Mas, essa vivência por tratar de infinitas possibilidades de escolhas, tanto do narrador quanto dos outros jogadores, é extremamente rica em suas múltiplas variáveis. Assim, o uso dos jogos de interpretação proporciona uma ampla gama de didática que irá variar de acordo com cada metodologia, de cada professor. Como aplicar o conteúdo nessa prática lúdica, dependerá de objetivos centrais, objetivos específicos, do tema, da experiência profisional e do perfil dos alunos que estarão compondo a produção desse conhecimento.
O professor deverá avaliar qual a melhor maneira de aplicar o RPG (assim como cada metodologia) na sala de aula, o que dependerá de vários fatores que deverão estar sobre a sua análise. O projeto deve ser bem elaborado e ricamente explorado em suas várias nuances pedagógicas. Como qualquer prática de ensino, deverá ser previamente planejada, estudada e aprimorada ao longo de cada experiência. O uso do RPG no ensino proporciona ao professor a oportunidade de criar, de aplicar de forma diferente da exposição, seus conhecimentos. Suas próprias experiências como profissional de ensino são extremamente valiosas e cada professor trará consigo diferentes formas de lecionar, que poderão encontrar no uso do RPG, um valioso campo a ser cada vez mais explorado.

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