terça-feira, 17 de março de 2009

Uma leitura do texto Jogos de Representação (RPG): elementos e conceitos essenciais.

terça-feira, 17 de março de 2009

O que apresento aqui é uma leitura, não apenas minha, mas de vários membros do Grupo de Estudos que se expressa através desse Blog. Essa leitura tem como objetivo ser uma espécie de introdução para aqueles que se interessarem pelo texto em questão disponível em dois arquivos no site:

http://www.rederpg.com.br/portal/search.php?query=marcussi&action=results.

Nele Alexandre Almeida Marcussi faz uma interessante análise da estrutura e da mecânica do jogo de RPG. Para isso, ele lança mão de categorias e nomenclaturas próprias da análise literária, indo além da mera descrição de como se joga RPG.

Embora o título do artigo nos faça acreditar que ele seja marcadamente introdutório ao assunto, já nas primeiras páginas fica claro que é uma reflexão muito bem redigida e detalhada sobre o RPG enquanto narrativa capaz de reunir elementos dos gêneros épico, dramático e lírico em sua forma e em sua vivência.

No entanto, mesmo para aqueles que sabem pouco ou nada sobre o tema essa é uma leitura possível e enriquecedora, já que o autor é extremamente didático e não deixa de fazer um pequeno histórico do RPG já no inicio do texto, de forma a dar as boas vindas aos iniciantes. Este é um cuidado que continua presente ao longo de todo o texto, rico em exemplos fundamentais para a compreensão de seus argumentos para aquele que nunca jogou.

Mas, certamente, o RPG pode ser compreendido e definido por outros critérios e nomenclaturas, que não sejam os da literatura ou ao menos que não são os elencados por Marcussi. Além disso, podemos repensar a dimensão dada ao gênero lírico e ao tempo psicológico na interpretação sobre RPG desse autor, principalmente se separarmos (analiticamente) a dimensão estrutural do jogo, da vivência e relações que o jogador estabelece com ele.

Da leitura do texto fica, pois, a lição de que é preciso pensar o RPG e não somente descrevê-lo ou utilizá-lo, lançando mão de um vocabulário controlado que expresse intenções e entendimentos e de tantos outros recursos como nos pareçam úteis.

Por Gizélia Gomes

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